terça-feira, 13 de abril de 2010

Experiências de sucesso


CURITIBA - Há 30 anos, a capital paranaense iniciou um sistema voltado para a necessidade da mobilidade e todos, valorizando menos os automóveis particulares. Hoje, cerca de 70% dos passageiros de curitiba tilizam o sistema de ônibus rápido para ir ao trabalho. Esse quadro se reflete no trânsito e na qualidade de vida dos curitibanos, que transitam em vias menos congestionadas, além de respirar um ar menos poluído. As estações são confortáveis, esteticamente atraentes e localizadas de forma estratégica.

BOGOTÁ - Até o final dos anos 90, Bogotá não tinha metrô ou qualquer outro transporte eficiente de massa. O sistema de ônibus sempre foi o mais utilizado na capital colombiana e, por isso, o sistema de ônibus rápido, aplicado pioneiramente em curitiba, serviu como modelo para modernizar o seu próprio sistema. lá, o BRT recebeu o nome de Transmilênio, e começou a ser construído em 2000. Hoje, já existe uma rede de 104 km, atendendo, por dia, aproximadamente 1,5 milhão de passageiros. o Transmilênio transporta mais passageiros por km/h, em um único sentido, do que 90% dos metrôs do mundo, a uma velocidade similar. um detalhe: um entre cinco passageiros tem carro em Bogotá, mas prefere utilizar o Transmilênio porque é um transporte mais rápido.

CHINA - Dentre os países que se renderam ao conceito BRt, a china talvez seja o que mais entusiasmo tem demonstrado na adoção do sistema. As condições locais, entretanto, não são exatamente as ideais, segundo a equipe do urbanista Jaime Lerner, no estudo avaliação comparativa das modalidades de transporte público urbano. de acordo com os técnicos, o sistema viário apresenta peculiaridades adversas, como as conversões permitidas na quase totalidade dos cruzamentos de avenidas e os semáforos possuem ciclos extremamente longos (até cinco minutos). “Para complicar ainda mais o quadro, a china – o segundo maior mercado de carros do mundo – incentiva a aquisição do veículo particular e veta oficialmente (em 2007) medidas de desestímulo ao uso do carro particular”, diz o documento, publicado em julho do ano passado. Apesar das limitações estruturais, pelo menos oito cidades chinesas de médio a grande porte já utilizam a modalidade: Beijing, changzhou, chongqing, dalian, guangzhou, Hangzhou, jinan e xamen.

MÉXICO - Implantado em março de 2009 em guadalajara, pelo presidente Felipe calderón Hinojosa, o BRT mexicano foi batizado de Macrobus e tem 16 quilômetros de extensão. segundo o engenheiro Wagner colombini Martins, autor do projeto de implantação da modalidade no México e em outros pontos do planeta,
em apenas dois meses de inauguração o Macrobus já transportava mais de 100 mil passageiros por dia. O corredor do Macrobus está situado na calzada independencia, uma das avenidas mais congestionadas
de guadalajara, e reduz o tempo médio de viagem no percurso em até 30%. Rapidez no deslocamento e redução nos índices de acidentes de trânsito são duas das vantagens associadas ao BRT mexicano, segundo avaliação da própria população, que hoje experimenta uma significativa melhoria em sua qualidade de vida. a linha de 16 km é a primeira das três previstas para a cidade, totalizando 81 km de extensão. O sistema deverá estar totalmente implantado em 2012.

ÁFRICA DO SUL – País sede da copa do Mundo 2010, a África do sul adotou o BRT para melhorar a mobilidade urbana nas nove cidades que sediarão os jogos do megaevento esportivo. O sistema tem grande extensão: só em joanesburgo (maior cidade do país), por exemplo, passa dos 300km de extensão, 50km dos quais implantados exclusivamente para a copa. Numa iniciativa ecologicamente correta, o sistema utiliza onibus articulados equipados com motores Euro-4 e sistema de recirculação de gases, o que reduz a emissão de poluentes. Na África do sul o BRT ganhou o nome de “Rea Vaya”, que traduzido para o idioma local sotho quer dizer “nós vamos” – uma clara alusão à universalização da mobilidade associada ao conceito do Bus
Rapid Transit.

Nenhum comentário: