domingo, 22 de agosto de 2010

Com vagões já nos trilhos, metrô de Salvador só entra em operação no ano que vem


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Os trens do Metrô de Salvador foram retirados do depósito em Simões Filhos na quinta-feira (19); eles estavam armazenados no local desde 2008

Após uma década de espera, a população da capital baiana assistiu na última sexta-feira (20) ao posicionamento sobre os trilhos dos primeiros quatro vagões do metrô de Salvador. Outros 20 serão posicionados até o final dessa semana. Entretanto, os equipamentos ainda precisarão passar por uma fase de testes, que se iniciará no mês de setembro e, segundo a prefeitura, se tudo estiver em ordem, o metrô começa a funcionar no próximo ano, em data ainda a ser definida.

Desde 2008, os 24 vagões adquiridos pelo governo do Estado estavam armazenados na Estação Aduaneira do Interior (Eadi), no município vizinho de Simões Filho.

O secretário de infraestrutura da prefeitura, Euvaldo Jorge, acredita que no primeiro semestre de 2011 a população possa começar utilizar o metrô comercialmente. “Precisamos ter a garantia de que os trens estarão prontos. Não podemos dizer agora o dia. Só depois de tudo pronto. Esperamos que seja até o final do primeiro semestre”, disse. Conforme o secretário, a fase agora diz respeito às revisões elétrica e mecânica de cada vagão.

Os equipamentos foram adquiridos por meio de empréstimo do Banco do Brasil, no valor de aproximadamente US$ 50 milhões. Cada um dos seis trens possui quatro vagões (dois do tipo reboque e dois do tipo motor), com capacidade para até 1.250 passageiros.

Histórico de atrasos
O início das obras do metrô de Salvador começou há dez anos, sob responsabilidade do consórcio Metrosal, formado pelas empresas Camargo Corrêa, Andrade Gutierrez e Siemens. O cronograma previa a construção de 12 quilômetros, na primeira etapa do projeto, que deveria estar concluída em quatro anos.

Desde então, sucessivas suspensões da obra foram determinas pela Justiça devido a suspeitas de irregularidades, incluindo superfaturamento. Também as greves dos trabalhadores prejudicaram o andamento dos trabalhos.

Durante esses anos, o projeto original passou por um processo de reformulação que o reduziu à metade a meta de construção, resumindo-se a seis quilômetros. As obras já consumiram cerca de R$ 1 bilhão dos cofres públicos, quando a previsão era de R$ 400 milhões para todo o percurso de 12 quilômetros – que ligava o centro da cidade aos bairros de Pau da Lima e Pirajá, dois dos mais populosos da capital.

“A população que mora no subúrbio e que mais necessita desse tipo de transporte não será completamente atendida. Terá que ficar pela metade do caminho”, comenta Paulo Roberto Silva dos Santos, secretário-geral do Sindicato da Indústria Pesada, que congrega os trabalhadores do metrô.

“Pelo menos que eu tenha conhecimento, não existe outro [metrô] com essa extensão [de seis quilômetros]. Além de todo esse atraso, só se faz pela metade. É mesmo um absurdo. Só aqui na Bahia”, afirma.

Especialista em Políticas de Planejamento de Transportes, a professora da Escola Politécnica da Universidade Federal da Bahia (Ufba), Cira Souza Pitombo, concorda com Santos.

Segundo ela, o atual projeto, além de não atender a população, não resolverá os problemas provocados pela crescente frota de automóveis e motocicletas, que torna cada vez mais caótico o trânsito na capital baiana. Pitombo ressalta que, para a operacionalização a contento dessa primeira linha do metrô, será necessário um projeto de integração com os ônibus da região atendida, “muito eficiente”, do contrário, não funcionará.

No entendimento da professora, mesmo o projeto original, com todas as suas etapas concluídas, prevendo a abrangência de 40 km, hoje já estaria obsoleto. “O trânsito em Salvador na atualidade é completamente diferente do que existia há dez anos”, diz ela, observando que o grande desafio do momento é oferecer um transporte público de qualidade, que motive os donos de carros a deixarem os seus veículos em casa.

Para isso, ressalta, o metrô teria que atender à clientela cativa do transporte coletivo e a essa outra que anda de carro. “Se a primeira etapa fosse concluída na íntegra, já não proporcionaria esse resultado, quanto mais sendo apenas seis quilômetros.”

A professora chama ainda atenção para o custo benefício de uma linha tão curta. “O subsídio de uma tarifa de metrô para percorrer apenas seis quilômetros terá que ser muito alto”, garante.

Embora a metade da primeira etapa ainda não esteja completamente finalizada, os governos estadual e municipal planejam a conclusão dos 12 quilômetros para a Copa do Mundo de 2014.

sábado, 31 de julho de 2010

Barracas de luxo investiram pesado mas também vão ser demolidas

Alexandre Lyrio | Redação CORREIO
alexandre.lyrio@redebahia.com.br

Esqueça a internet wi-fi e as sessões de massoterapia do Lôro, não espere mais as badaladas tardes de música eletrônica com DJs profissionais da Marguerita e nem sonhe como delicioso camarão caribenho da Cancún. As regalias à beira-mar das barracas de Praia de Salvador estão com os dias contados.

Nem mesmo os vips escaparam da decisão do juiz da 13ª Vara da Justiça Federal, Carlos D'Ávila. Localizados em sua maioria na Praia do Flamengo, também foram notificados entre os 353 estabelecimentos que serão demolidos. Os proprietários têm, da mesma forma que os outros, dez dias para deixar os locais.

A barraca Cancún Beach já chegou a gerar R$ 12 mil de lucro num domingo de Verão

Milhões de reais investidos em grandes estruturas. Verdadeiros castelos que têm tudo para virar areia. Há dois anos, o proprietário da barraca Cancún Beach, Silvio Ferreira, investiu nada menos que R$ 600 mil no estabelecimento.

Ultimamente, lucrava cerca de R$ 12 mil num domingo de Verão. Hoje, a única coisa que consegue faturar são calafrios.Perdeu o sono depois que prepostos da Justiça Federal apareceram com a intimação. Terá de deixar tudo que construiu para trás.

“A gente está com o coração na mão. É o investimento de uma vida inteira”, lamenta Silvio, que diz empregar 12 pessoas com carteira assinada, além de diaristas, a depender
do movimento.

Com cerca de 800 m² de área, a barraca Marguerita, um das mais frequentadas, também terá que sair da Praia do Flamengo. “Fiquei de cama, com febre. Não dormi a noite toda. Que situação, rapaz”, disse o gerente, José Raimundo de Araújo. Segundo calcula, foi investido mais de R$ 1milhão no estabelecimento, fora as reformas. A Marguerita está há seis anos na Praia do Flamengo e tem 16 funcionários fixos. “Estamos desnorteados”, afirma Araújo.

LAUDO AMBIENTAL
O proprietário da Barraca do Lôro, Aloísio Melo Filho, o próprio Lôro, se diz perplexo. Não consegue conceber a ideia de um trator derrubando todo o investimento. Valores que prefere não revelar. Dono de uma das mais tradicionais barracas de Salvador, criada há 15 anos, Lôro revelou que o grupo de 12 barraqueiros de Praia do Flamengo chegou a contratar uma empresa para a elaboração de um laudo ambiental.

Queriam provar que a situação dos comerciantes da Praia do Flamengo é diferente. “Temos esgoto e estamos afastados mais de 30 metros da praia. Além disso, geramos segurança, organizamos o lixo e nosso óleo é reciclado. Na minha barraca, a água é reaproveitada. Queremos tentar esse laudo para pleitear um Termo de Ajustamento de Conduta junto ao MPF”,argumentou Lôro.

Lotada nos finais de semana, a Barraca do Lôro sempre se destacou pelo serviço de primeira e culinária variada. No cardápio, desde lambreta até pratos sofisticados.Tem 40 funcionários com carteira assinada. No último mês de julho, mesmo com toda a chuva, recebeu cerca de 1,5mil turistas. “Faço um apelo às autoridades. Estamos na boca do Verão. Não tenho alternativas”. diz Lôro.

TRAJETÓRIAS
O pedido é semelhante ao do dono da Veleiro, o italiano Massimo Pascucci. Gastou cerca de R$ 600 mil como investimento inicial e mais R$ 100 mil numa reforma do equipamento. “Tenho cinco banheiros e três decks, uma estrutura de primeira”, afirmou, quase espumando de raiva e batendo várias vezes o pé sobre o piso de madeira. “Tá vendo isso aqui? É madeira. Não é concreto, não. Qual o impacto ambiental que isso tem?”, questiona.

O italiano Massimo Pascucci conta que investiu cerca de R$ 600 mil na Barraca Veleiro

Alguns dos donos das barracas de luxo começaram de baixo.O casal Agdo Salomão e Simone Teixeira, proprietários da Estação Aleluia, chegaram a ser vendedores ambulantes. Rodavam as praias comercializando queijo provolone. Juntaram dinheiro e compraram a primeira barraca, meio improvisada. Depois, foram beneficiados pelo projeto de reforma da prefeitura. “Não temos nem o que dizer. Nos resta agora só ter esperança”, disse Simone.

SONHO
O próprio Silvio Ferreira, da Cancún, foi gerente em diversos restaurantes antes de abrir o próprio negócio. “Um antigo sonho vai virar entulho. Vou bater na porta dos meus velhos patrões”. A decisão do juiz tem uma amplitude muito maior do que se imagina. Desde os proprietários até garçons, vendedores ambulantes e até flanelinhas. Todos estão desolados.

“A casa caiu. Aliás, a barraca”, disse um garçom. Parte se mostra revoltada. “Pelo visto, pobre tem é que roubar mesmo. Senão dá nisso”, exagerou uma garçonete. Quanto aos banhistas que tanto gostavam da mordomia, um conselho: tratem agora de comprar um bom isopor e prepare, na véspera, bons tira-gostos e cerveja gelada para curtir a sua praia.

O barão de Itapuã
A história corre solta entre moradores da vizinhança. Belo dia, um milionário que morava à beira-mar resolveu acabar com a balbúrdia atrás do seu quintal nos finais de semana. Resultado: comprou as seis barracas de praia instaladas atrás de sua casa.

Barracas em Itapuã foram compradas por milionário em busca de paz

Pouca gente conhece as estruturas, que ficam numa faixa de areia de cerca de 100 metros, em Itapuã. A casa é uma enorme mansão e, de vez em quando, a família utiliza os locais, quase sempre fechados. “Ele abre às vezes para não dizer que não usa os espaços. Aí vende uma água de coco parar ‘tirar de tempo’”, disse um vizinho, que preferiu não se identificar.

Para surpresa de todos, o milionário também foi notificado ontem pela manhã e as estruturas irão ao chão. Pelo menos é o que garantiu um dos seguranças dos belos quiosques, cercados com obras de arte de Bel Borba. Sem informar o nome do proprietário, o segurança disse que ele não estava em casa. Pouca gente conhece aquele pedaço de paraíso, sempre vazio e seguro. Mesmo perdendo as seis barracas de uma vez, ainda estará longe da balbúrdia.

Juvená só aguarda
Sem perder a tranquilidade e, mais do que nunca, com as barbas de molho, Juvenal Silva de Souza, o Juvená, ainda espera pela notificação da Justiça Federal. Dos mais folclóricos barraqueiros de Salvador, ele espera pelos oficiais de Justiça como um ancião aguarda o último dia de sua vida. “A qualquer momento eles podem passar. Tiro meu sustento todo daqui É uma tristeza”. As tardes de “orgasmos astrais”, como destaca o próprio barraqueiro, devem acabar. Pelo menos à beira-mar.

Juvená e sua famosa barraca em Itapuã: amigos de vários países

Originalmente, a Barraca do Juvená ficava fora da praia, na rua da Passárgada, também em Itapuã. Tudo indica que vai retornar para o mesmo local que explorou por mais de 20 anos, onde inclusive mora hoje. Há 27 anos, Juvená migrou para a praia, entre as ruas K e J. Com música ao vivo que vai até o cair do sol, além da cerveja sempre gelada, Juvená costuma movimentar todo o bairro. Os amigos chegam de todas as partes do mundo.

Durante décadas, Juvená levou sua barraca para as diversas festas de largo. Mas seu maior prazer é trabalhar sentado debaixo de um dos sombreiros, perto do mar. “Não me imagino mais longe do mar. Lá no outro espaço não tenho uma estrutura tão grande, mas é minha alternativa”. Agora, as tardes de Itapuã ficarão mais tristes.

Após decisão, juiz infartou e está internado
O juiz Carlos D'Ávila está internado na UTI do Hospital Espanhol, na Barra. Ainda não se sabe o real motivo da internação, mas as primeiras informações dão conta de que ele sofreu um infarto alguns dias após a decisão judicial em que manda derrubar as 353 barracas. O número não inclui as estruturas de São Tomé de Paripe, Ribeira, Monte Serrat e Cantagalo, já que a prefeitura não informou a quantidade de barracas nesses locais.

Os 12 barraqueiros da Praia do Flamengo são um grupo à parte. Não se envolvem com os demais. Tanto que ontem fizeram uma reunião em particular. Pouco ficou definido, a não ser o argumento principal a ser usado daqui para frente para tentar reverter a situação. “Não somos barracas, mas restaurantes”, disse o dono da Veleiro, Massimo Pascucci.

(Reportagem publicada na versão impressa do CORREIO* de 31 de julho de 2010)

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Vilas do Atlântico

Urbanização

URBANIZAÇÃO DO ESPAÇO MUNDIAL E BRASILEIRO
A urbanização deve ser entendida como um processo que resulta em especial da transferência de pessoas do campo para a cidade, ou seja, crescimento da população urbana em decorrência do êxodo rural.Um espaço pode ser considerado urbanizado, a partir do momento em que o percentual de população urbana for superior a rural.
Sendo assim, podemos dizer que hoje o espaço mundial é predominantemente urbano. Mas isso não foi sempre assim, durante muito tempo à população rural foi superior a urbana, essa mudança se deve em especial, ao processo de industrialização iniciado no século XVIII, que impulsionou o êxodo rural nos locais em que se deu, primeiramente na Inglaterra, que foi o primeiro pais a se industrializar, e depois se expandiu para outros países, como os EUA, França, Alemanha, etc., a maioria desses países hoje já são urbanizados.
Nos países subdesenvolvidos de industrialização tardia, esse processo só começou no século XX, em especial a partir da 2ª Guerra Mundial, e tem se dado até hoje de forma muito acelerada, o que tem se configurado como uma urbanização anômala trazendo uma série de conseqüências indesejadas para o espaço urbano desses países. Atualmente até mesmo os países de industrialização inexpressiva vivem um intenso movimento de urbanização, é o que ocorre em países africanos como a Nigéria.

FATORES QUE CONTRIBUEM COM O ÊXODO RURAL
Existem dois tipos de fatores que contribuem com o êxodo rural, são eles:
Repulsivos: são aqueles que expulsam o homem do campo, como a concentração de terras, mecanização da lavoura e a falta de apoio governamental.
Atrativos: são aqueles que atraem o homem do campo para as cidades, como a expectativa de emprego, melhores condições de saúde, educação, etc.
Em países subdesenvolvidos como o Brasil, os fatores repulsivos costumam predominar sobre os atrativos, fazendo com que milhares de trabalhadores rurais tenham que deixar o campo em direção das cidades, o que em geral contribui com o aumento dos problemas urbanos na medida em que as cidades não tem estrutura suficiente para receber esses trabalhadores, com isso proliferam-se as favelas, aumenta a violência, faltam empregos, dentre outros problemas.

DIFERENÇAS NO PROCESSO DE URBANIZAÇÃO
Existem diferenças fundamentais no processo de urbanização de países desenvolvidos e subdesenvolvidos, abaixo estão relacionadas algumas delas:

Desenvolvidos:
Urbanização mais antiga ligada em geral a primeira e Segunda revoluções industriais;
Urbanização mais lenta e num período de tempo mais longo, o que possibilitou ao espaço urbano se estruturar melhor;
Formação de uma rede urbana mais densa e interligada.
Subdesenvolvidos:
Urbanização mais recente, em especial após a 2ª Guerra mundial;
Urbanização acelerada e direcionada em muitos momentos para um número reduzido de cidades, o que gerou em alguns países a chamada macrocefalia urbana";
Existência de uma rede urbana bastante rarefeita e incompleta na maioria dos países.
Obs. Nas metrópoles dos países desenvolvidos os problemas urbanos como violência, transito caótico, etc., também estão presentes.

AGLOMERAÇÕES URBANAS
A expansão da urbanização gerou o aparecimento de várias modalidades de aglomerações urbanas, além de termos que cada vez mais fazem parte de nosso cotidiano, abaixo definiremos algumas dessas modalidades e termos:
Rede urbana: Segundo Moreira e Sene (2002), "a rede urbana é formada pelo sistema de cidades, no território de cada país, interligadas umas as outras através dos sistemas de transportes e de comunicações, pelos quais fluem pessoas, mercadorias, informações, etc." Nos países desenvolvidos devido a maior complexidade da economia a rede urbana é mais densa.
Hierarquia urbana: Corresponde a influência que exercem as cidades maiores sobre as menores. O IBGE identifica no Brasil a seguinte hierarquia urbana: metrópole nacional, metrópole regional, centro submetropolitano, capital regional e centros locais.
Conurbação: Corresponde ao encontro ou junção entre duas ou mais cidades em virtude de seu crescimento horizontal. Em geral esse processo dá origem a formação de regiões metropolitanas.
Metrópole: Segundo Coelho e Terra (2001), metrópole seria à cidade principal ou cidade-mãe, isto é, a cidade que possui os melhores equipamentos urbanos do país (metrópole nacional), ou de uma grande região do país (metrópole regional)". No Brasil cidades como São Paulo e Rio de Janeiro são metrópoles nacionais, e Belém, Manaus, Belo Horizonte, Curitiba, Porto Alegre, Salvador, Recife e Fortaleza são metrópoles regionais.
Região metropolitana: Corresponde ao conjunto de municípios conurbados a uma metrópole e que desfrutam de infra-estrutura e serviços em comum.
Megalópole: Corresponde a conurbação entre duas ou mais metrópoles ou regiões metropolitanas. As principais megalópoles do mundo encontram-se em países desenvolvidos como é o caso da Boswash, localizada no nordeste dos EUA, e que tem como principal cidade Nova Iorque; San San, localizada na costa oeste dos EUA, tendo como principal cidade Los Angeles; Chippits, localizada nos grandes lagos nos EUA; Tokaido, localizada no Japão; e a megalópole européia que inclui áreas de vários países. No Brasil temos a megalópole Rio-São Paulo, localizada no sudeste brasileiro, no vale do Paraíba, incluíndo municípios da região metropolitana das duas grandes cidades, o elo de ligação dessa megalópole é a Via Dutra, estrada que interliga as duas cidades principais.
Megacidade: Corresponde ao centro urbano com mais de dez milhões de habitantes. Hoje em torno de 21 cidades do mundo podem ser consideradas megacidades, dessas 17 estão em países subdesenvolvidos. No Brasil São Paulo e Rio de Janeiro estão nessa categoria.
Técnopolo: Corresponde a uma cidade tecnológica, ou seja, locais onde se desenvolvem pesquisas de ponta. Como exemplo temos o Vale do Silício na costa oeste dos EUA; Tsukuba, cidade japonesa, dentre outras. No Brasil, temos alguns técnopolos localizados em especial no estado de São Paulo, como Campinas (UNICAMP), São Carlos (UFSCAR), e a própria capital (USP, etc.).
Cidade global: são as cidades que polarizam o país todo e servem de elo de ligação entre o país e o resto do mundo, possuem o melhor equipamento urbano do país, além de concentrarem as sedes das instituições que controlam as redes mundiais, como bolsas de valores, corporações bancárias e industriais, companhias de comércio exterior, empresas de serviços financeiros, agências públicas internacionais. As cidades mundiais estão mais associadas ao mercado mundial do que a economia nacional.
Desmetropolização: Processo recente associado à diminuição dos fluxos migratórios em direção das metrópoles. Esse processo se deve em especial a chamada desconcentração produtiva, que faz com que empresas em especial industrias, se retirem dos grandes centros onde os custos de produção são maiores, e se dirijam para cidades de porte médio e pequeno, onde é mais barato produzir, em função de vários fatores como, por exemplo, os incentivos fiscais. Hoje no Brasil cidades como Rio de Janeiro ou São Paulo não são mais aquelas que recebem os maiores fluxos de migrantes, mas sim regiões como interior paulista, o sul do país ou até mesmo o nordeste brasileiro.
Verticalização: Processo de crescimento urbano que se manifesta através da proliferação de edifícios. A verticalização demonstra valorização do solo urbano, ou seja, quanto mais verticalizado, mais valorizado.
Especulação imobiliária: Os especuladores imobiliários são aqueles proprietários de terrenos baldios no espaço urbano que deixam estes espaços desocupados a espera de valorização. Uma das conseqüências da especulação é a falta de moradias em locais mais bem localizados, fazendo com que as populações de mais baixa renda tenham que viver em áreas distantes do centro (crescimento horizontal), ou em favelas.
Condomínios de luxo e favelas: os dois estão aqui juntos, pois são fruto da segregação social e econômica que se vive nas cidades, sendo eles o reflexo espacial dessas. Os condomínios são áreas fechadas muito protegidas e bem estruturadas, onde em geral mora a elite; as favelas são áreas sem infra-estrutura adequada e com graves problemas como o tráfico de drogas, onde grande parte da população está desempregada, e a maioria dela é pobre.

TIPOS DE CIDADES
As cidades podem ser classificadas da seguinte forma:
a) Quanto ao sítio: sítio urbano refere-se ao local no qual está superposta a cidade, sendo assim a classificação quanto ao sítio leva em consideração a questão topográfica. Como exemplo temos: cidades onde o sítio é uma planície, um planalto, uma montanha, etc.
b) Quanto à situação: situação urbana corresponde à posição que ocupa a cidade em relação aos fatores geográficos. Como exemplo temos: cidades fluviais, marítimas, entre o litoral e o interior, etc.
c) Quanto à função: função corresponde à atividade principal desenvolvida na cidade. Como exemplo temos: cidades industriais, comerciais, turísticas, portuárias, etc.
d) Quanto à origem: pode ser classificada de duas formas: planejada e espontânea. Como exemplo temos: Brasília, cidade planejada e Belém, cidade espontânea.

Stella Maris

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quinta-feira, 22 de julho de 2010

Urbanização de Favelas

São Paulo, A Sinfonia da Metrópole

Geografia em Canção e Imagem - Meu País

O estatuto da cidade

"OS PROBLEMAS DAS GRANDES CIDADES BRASILEIRAS"



Grandes cidades brasileiras sofrem com o crescimento descontrolado das Regiões Metropolitanas e as conseqüências sociais que são geradas. Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Porto Alegre, Curitiba, Salvador, Fortaleza, Belém, Recife. Essas nove regiões do Brasil tem uma dura realidade em comum: o crescimento desordenado das Regiões Metropolitanas. Fato que ocasiona uma série de outros problemas como: falta de saneamento básico, desestrutura nos meios de transportes públicos, criminalidade e outros.
Vale lembrar que apesar desses problemas serem mais intensos nas grandes metrópoles brasileiras, eles ocorrem também em cidades de médio e pequeno porte. Um bom exemplo disso são as cidades mineiras Uberlândia e Juiz de Fora que já enfrentam esses problemas. No caso da Região Nordeste do Brasil, a situação ainda é mais crítica, há cidades pequenas com graves problemas de infra-estrutura. Segundo o IBGE, no pequeno município de Guaribas no Piauí, que tem cerca de cinco mil habitantes, novecentos domicílios não tem banheiros ou qualquer tipo de instalação sanitária.
Caros alunos do 7º ano, durante o terceiro bimestre vamos estudar os problemas sociais mais graves pelos quais as grandes e médias cidades brasileiras tem enfrentado. Montaremos um banco de dados sobre o assunto. Pesquise sobre a infra-estrutura de uma cidade brasileira e poste aqui no Blog. Vale também exemplos de cidades que tem conseguido solucionar tais problemas.

domingo, 18 de abril de 2010

Seguradoras devem cobrir os danos causados pelos temporais


Alagamentos invadiram condomínios em Ipitanga
Após uma semana de enchentes e alagamentos, as vítimas começam a buscar soluções para os prejuízos trazidos pelas chuvas. Proprietários de imóveis e veículos com seguro podem solicitar às empresas a cobertura relativa aos danos causados pelos temporais.

De acordo com a Superintendência de Seguros Privados (Susep), órgão que fiscaliza as seguradoras no País, os riscos causados por catástrofes naturais estão previstas na legislação que regulamenta os seguros de imóveis e veículos. A recomendação é clara: “Nos planos-padrão, a cobertura deve prever os riscos de submersão total ou parcial em água doce proveniente de enchentes ou de inundações”.

Para o coordenador técnico do Procon, Pedro Lepikson, a cobertura para imóveis é emblemática. “O seguro residencial é basicamente para cobrir essas situações de catástrofe, e praticamente todos os contratos oferecem a cobertura. Uma cláusula que restrinja esse direito seria considerada sem sentido e nula”, afirma.

Caso a apólice exclua este risco, o cliente deveria ser avisado no ato da assinatura do contrato. “O Código de Defesa do Consumidor determina que o segurado deve ser informado ostensivamente sobre qualquer cláusula que reduza o seu direito”, diz.

Para ter direito à cobertura, o cliente deve acionar a seguradora imediatamente. A orientação é que o segurado aguarde a vistoria da empresa antes realizar qualquer intervenção no imóvel. “O único caso em que a seguradora pode se negar a cobrir o dano é se ela comprovar que o titular contribuiu para ampliar os danos”, explica Lepikson. Eletrodomésticos e outros bens danificados no interior do imóvel não são cobertos.

Ao acionar o seguro, os clientes devem ficar atentos aos documentos exigidos pelas empresas. É importante apresentar os documentos pessoais e do imóvel e ainda comprovantes dos danos, como o relatório de vistoria, boletim de ocorrência, e até mesmo fotos.

terça-feira, 13 de abril de 2010

PRÓXIMA PARADA


Salvador entra no rol de cidades que apostam na mobilidade urbana, via BRT, sistema que usa ônibus de alta capacidade e corredores exclusivos.

O dia da recepcionista Vilma Borges, 36 anos, começa cedo. O despertador toca às 6h, quando ela inicia a corrida contra o tempo para ir ao trabalho. sai de casa, em Mussurunga – bairro situado nos limites da zona urbana e próximo ao aeroporto – às 6h30, pega o primeiro ônibus do dia até a Estação Mussurunga, onde embarca num outro que, agora sim, a levará ao seu destino final, um consultório médico situado na avenida antonio carlos Magalhães. chega por volta das 8h, se não enfrentar engarrafamento no trajeto.

Mas, nem de longe, o deslocamento é tão simples como pode sugerir a narrativa acima. na hora do pico da manhã, são quase 4,5 mil pessoas que buscam embarcar nos ônibus da Estação, enfrentando esperas de até meia hora,empurrões e pisadelas. Vilma e outros tantos passageiros disputam um assento. Previsivelmente, vencem os mais fortes. E, se a ida é tumultuada, a volta é ainda pior. Quando pode, ela sai do trabalho alguns minutos mais cedo para tentar pegar o ônibus das 18h, que lhe confere um retorno mais rápido. Desse horário em diante, as vias se tornam congestionadas e o tempo de viagem é uma incógnita. “Chego em casa, quando tenho sorte, às 20h. É muito cansativo!”, desabafa.

Com ligeiras variações, a rotina que a recepcionista vive de segunda a sexta-feira é a mesma de milhares de soteropolitanos que dependem do transporte público e realizam 1,6 milhão de viagens, diariamente, para desempenhar suas atividades cotidianas. segundo o superintendente do sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de salvador (sEtPs), Horácio Brasil, o sistema de transporte tem como suporte um tripé formado por operação, gestão e infraestrutura. “Quando um desses vetores não funciona corretamente, acaba afetando o todo”, pontua.

Obstáculos

Mestre em engenharia de transporte e atuando há quase 30 anos no setor, Brasil aponta que durante muito tempo a gestão não cuidou do transporte, acabando por afetar a infraestrutura da cidade. como resultado dessa negligência, o ônibus hoje enfrenta uma série de obstáculos, a exemplo de quebra-molas, semáforos desregulados e buracos na pista, o que dificulta ainda mais a operação, analisa Brasil.

Com aproximadamente três milhões de habitantes circulando por vias subdimensionadas para o atual volume de veículos, salvador já apresenta um trânsito saturado, entende o superintendente. “A solução é melhorar a qualidade do transporte público para estimular a classe média a utilizá-lo”, avalia. “assim, desafogam-se as vias durante a semana e os carros de passeio passariam a ser utilizados apenas nos finais de semana”, sinaliza.
E o que tem sido feito para desatar o grande nó que é a mobilidade urbana em salvador? Quando os proprietários de veículos deixarão o carro na garagem e passarão a utilizar o transporte coletivo? Para o arquiteto especialista em mobilidade urbana Francisco Ulisses Santos Rocha, chefe do setor de Planos e Projetos de Transporte da secretaria Municipal dos transportes e infraestrutura de salvador (setin), o maior incentivo à melhoria do trânsito e do transporte público na cidade está sendo a copa do Mundo de 2014. como se sabe, a capital baiana está entre as cidades brasileiras que sediarão o megaevento e, justamente por isso, pode se beneficiar com a implementação de grandes projetos – alguns dos quais em desenvolvimento desde 2005 – voltados para a melhoria da qualidade de vida dos soteropolitanos.

E que fique claro: engana-se quem pensa que apenas construir novas pistas e viadutos ou duplicar avenidas de vales sejam intervenções suficientes para dar fluidez ao trânsito de salvador, uma cidade com uma frota estimada em mais de 600 mil carros, já que, no entender de Francisco Ulisses, mobilidade se resolve com transporte público de qualidade, enquanto que os congestionamentos se resolvem com restrição ao uso do carro. Pensando nisso, a setin, a transalvador e técnicos do SETPS elaboraram a Rede Integrada de Transporte (RIT), um projeto que apresenta um novo olhar sobre o sistema de transporte público, priorizando o transporte coletivo através de vias exclusivas segregadas do tráfego em geral, valorizando o passageiro, a flexibilidade, rapidez e o baixo custo, e leva em conta o atual perfil da mobilidade na cidade, sem, no entanto, deixar de solucionar os principais pontos de congestionamentos da cidade.

A RIT e o BRT

A RIT envolve duas frentes: o investimento no transporte público, através da implantação dos corredores do BRT (o Bus Rapid Transit uma nova modalidade de transporte), e a expansão do sistema viário – construindo 40 km de novas vias e 38 km de duplicações – uma vez que as duas variáveis formam uma rede e dependem uma da outra para um bom desempenho. o projeto engloba ainda a modernização dos trens do subúrbio Ferroviário, a extensão do metrô até o bairro de Pirajá e toda a reformulação das linhas de ônibus já existentes, para permitir a integração entre os meios rodoviário e ferroviário de transporte.
lançado pioneiramente em curitiba- PR, o BRT está sendo implantado em mais de 100 cidades em todo o mundo.

O superintendente do sEtPs, Horácio Brasil, destaca o baixo custo de implantação como uma das vantagens do BRT, que tem uma logística muito parecida com a do sistema metroviário, do ponto de vista da rapidez e agilidade, embora ande sobre pneus, em vez de trilhos. Para viabilizar o BRT são necessários, em média, 10% dos recursos investidos num metrô. de acordo com o projeto apresentado, o sistema vai eliminar os 12 principais pontos críticos do trânsito de salvador – incluindo o já crônico engarrafamento da avenida Luiz Viana Filho, a Paralela.

Na frente

Dentre as cidades escolhidas como sedes da copa 2014, salvador é a que está mais adiantada no que se refere ao planejamento de trânsito e transporte público. A vantagem se deve ao fato de o projeto funcional da Rit ser anterior à decisão da Federação internacional de Futebol (Fifa), explica Francisco Ulisses, da setin. “O Projeto do BRt é um projeto para salvador e sua população, a escolha da cidade como umas das sedes dos jogos da copa 2014 veio contribuir para consolidar a sua viabilização financeira e implantação num prazo menor”, diz o técnico.

Uma boa notícia: já estão assegurados, até o momento, recursos do Pac copa da ordem de R$ 567 milhões para a implantação do corredor BRt aeroporto – acesso Norte, com integração do Metrô na Estação Acesso Norte. Prefeitura e Estado vêm se mobilizando para tentar ampliar o aporte financeiro visando à implantação
do trecho iguatemi-lapa. Resta torcer e esperar, até porque, alerta Horácio Brasil: “Para causar impacto no sistema é necessário que se tenha o trecho cruzado, que chamamos de x: aeroporto-lapa e calçada-Pituba”.
Na opinião do executivo, é preciso cuidado para que não se venha a ter um BRT incompleto, como o metrô, que, nos moldes atuais, não atende às expectativas de um transporte de massa. “o metrô de salvador só vai atingir a eficácia desejada quando chegar a cajazeiras”, estima. “Não podemos correr o mesmo risco com o BRT”.

As experiências demonstram que o BRt é uma saída economicamente viável eficaz. são Paulo, goiânia, Bogotá (colômbia), joanesburg (África do sul), guadalajara (México), londres (inglaterra),Nova York (Eua), são alguns dos grandes centros que já se renderam à excelência do Bus Rapid Transit. E salvador, em dois ou três anos, deve entrar para este seleto rol de cidades, em que personagens como a recepcionista Vilma Borges, aquela que mora em Mussurunga e trabalha na avenida ACM, tenham uma melhor qualidade de vida e não precisem passar até três horas diárias dentro de um ônibus lotado e preso em um congestionamento…

Experiências de sucesso


CURITIBA - Há 30 anos, a capital paranaense iniciou um sistema voltado para a necessidade da mobilidade e todos, valorizando menos os automóveis particulares. Hoje, cerca de 70% dos passageiros de curitiba tilizam o sistema de ônibus rápido para ir ao trabalho. Esse quadro se reflete no trânsito e na qualidade de vida dos curitibanos, que transitam em vias menos congestionadas, além de respirar um ar menos poluído. As estações são confortáveis, esteticamente atraentes e localizadas de forma estratégica.

BOGOTÁ - Até o final dos anos 90, Bogotá não tinha metrô ou qualquer outro transporte eficiente de massa. O sistema de ônibus sempre foi o mais utilizado na capital colombiana e, por isso, o sistema de ônibus rápido, aplicado pioneiramente em curitiba, serviu como modelo para modernizar o seu próprio sistema. lá, o BRT recebeu o nome de Transmilênio, e começou a ser construído em 2000. Hoje, já existe uma rede de 104 km, atendendo, por dia, aproximadamente 1,5 milhão de passageiros. o Transmilênio transporta mais passageiros por km/h, em um único sentido, do que 90% dos metrôs do mundo, a uma velocidade similar. um detalhe: um entre cinco passageiros tem carro em Bogotá, mas prefere utilizar o Transmilênio porque é um transporte mais rápido.

CHINA - Dentre os países que se renderam ao conceito BRt, a china talvez seja o que mais entusiasmo tem demonstrado na adoção do sistema. As condições locais, entretanto, não são exatamente as ideais, segundo a equipe do urbanista Jaime Lerner, no estudo avaliação comparativa das modalidades de transporte público urbano. de acordo com os técnicos, o sistema viário apresenta peculiaridades adversas, como as conversões permitidas na quase totalidade dos cruzamentos de avenidas e os semáforos possuem ciclos extremamente longos (até cinco minutos). “Para complicar ainda mais o quadro, a china – o segundo maior mercado de carros do mundo – incentiva a aquisição do veículo particular e veta oficialmente (em 2007) medidas de desestímulo ao uso do carro particular”, diz o documento, publicado em julho do ano passado. Apesar das limitações estruturais, pelo menos oito cidades chinesas de médio a grande porte já utilizam a modalidade: Beijing, changzhou, chongqing, dalian, guangzhou, Hangzhou, jinan e xamen.

MÉXICO - Implantado em março de 2009 em guadalajara, pelo presidente Felipe calderón Hinojosa, o BRT mexicano foi batizado de Macrobus e tem 16 quilômetros de extensão. segundo o engenheiro Wagner colombini Martins, autor do projeto de implantação da modalidade no México e em outros pontos do planeta,
em apenas dois meses de inauguração o Macrobus já transportava mais de 100 mil passageiros por dia. O corredor do Macrobus está situado na calzada independencia, uma das avenidas mais congestionadas
de guadalajara, e reduz o tempo médio de viagem no percurso em até 30%. Rapidez no deslocamento e redução nos índices de acidentes de trânsito são duas das vantagens associadas ao BRT mexicano, segundo avaliação da própria população, que hoje experimenta uma significativa melhoria em sua qualidade de vida. a linha de 16 km é a primeira das três previstas para a cidade, totalizando 81 km de extensão. O sistema deverá estar totalmente implantado em 2012.

ÁFRICA DO SUL – País sede da copa do Mundo 2010, a África do sul adotou o BRT para melhorar a mobilidade urbana nas nove cidades que sediarão os jogos do megaevento esportivo. O sistema tem grande extensão: só em joanesburgo (maior cidade do país), por exemplo, passa dos 300km de extensão, 50km dos quais implantados exclusivamente para a copa. Numa iniciativa ecologicamente correta, o sistema utiliza onibus articulados equipados com motores Euro-4 e sistema de recirculação de gases, o que reduz a emissão de poluentes. Na África do sul o BRT ganhou o nome de “Rea Vaya”, que traduzido para o idioma local sotho quer dizer “nós vamos” – uma clara alusão à universalização da mobilidade associada ao conceito do Bus
Rapid Transit.

Todos os dias é um vai e vem…

As várias modalidades do transporte público coletivo de Salvador

Valéria, Sussuarana, Palestina,Boca da Mata e Alto do Cabrito são nomes de bairros bastante comuns para quem anda de ônibus na cidade de Salvador. Mas, mesmo quem não vai com frequência a esses lugares, já se considera íntimo das localidades, de tanto ler os letreiros dos buzus. A intimidade é tanta que surgem até apelidos para os bairros: o Rio Vermelho se transforma em “red river”, Pituaçu (olha a rima!) em “Pituacivis”, Cajazeiras em Caja City e assim por diante. O certo é que, apesar dos investimentos em melhoria da qualidade do transporte por ônibus e do bom humor do baiano, está cada vez mais complicado se locomover pela cidade.

E os ônibus não são o único meio de transporte público coletivo disponível. Temos elevador, planos inclinados, barcas e trem, ao gosto do freguês. Porém,com o tráfego caótico de Salvador, está cada vez mais difícil chegar em casa mais cedo, não atrasar o encontro com a namorada, não deixar o filho esperando na escola, não pegar engarrafamento na Avenida Paralela. Com a responsabilidade de colocar ordem na caos, a Superintendência de Trânsito e Transporte de Salvador (Transalvador), órgão da Secretaria dos Transportes Urbanos e Infraestrutura do município, faz o que pode.

O transporte coletivo de Salvador tem passado por incrementos significativos nos últimos anos, diz Matheus Moura, superintendente da Transalvador. “Podemos citar a implantação da bilhetagem eletrônica, que permite ao usuário do sistema, sem acréscimo de custo, o acesso a uma rede integrada de linhas, ampliando exponencialmente a mobilidade da população; a instalação de câmeras de segurança nos ônibus, com a redução dos índices de assaltos a coletivos, a implantação dos “amarelinhos” (linhas de curta extensão interligando os principais bairros aos grandes corredores de tráfego), e a reativação da linha hidroviária Plataforma – Ribeira, ofertando um outro modal de transporte
à população”, afirmou.

Já para o futuro, Moura diz que a meta é trabalhar no sentido de ampliar a capacidade do transporte. Para isso, são dois os vetores propostos: “A implantação e o desenvolvimento de uma malha metroviária e do projeto de corredores exclusivos para ônibus nas principais vias de trajeto da cidade”, conclui.

sábado, 10 de abril de 2010

A população do mundo vai parar de crescer?

por Emiliano Urbim

"A batalha para alimentar toda a humanidade acabou. Nas próximas décadas, centenas de milhões de pessoas vão morrer de fome, apesar de qualquer plano de emergência iniciado agora. A esta altura, nada pode impedir o aumento substancial da mortalidade mundial", alerta Paul Ehrlich em seu mais famoso livro, publicado em... 1968. Pois é: a bomba populacional não estourou. Nos anos 70 e 80, a agropecuária aumentou sua produtividade e a taxa de natalidade despencou no mundo inteiro, levando ao quase consenso de que a população mundial vai se estabilizar em torno de 9 bilhões de pessoas ali por 2050 (ver quadro ao lado). E essa freada brusca vai transformar o mundo.

Um artigo de Jack Goldstone, publicado na última edição da revista Foreign Affairs, mostra que o importante não é tanto o tamanho da população, mas onde ela diminui e onde cresce, e aponta 4 tendências. A primeira já está em curso há muito tempo: em 2050, a maioria dos terráqueos vai viver em grandes cidades - e haja esgoto, hospital e ruas para tanta aglomeração. Outras duas dizem respeito aos países mais ricos: além de sua população envelhecer e diminuir, Europa, EUA e Canadá vão representar menos riqueza - apenas 30% do PIB mundial em 2050, menos que antes da Revolução Industrial.

Por fim, 70% do crescimento mundial deve se concentrar em países com maioria ou grande população islâmica. Ou seja, é bom Ocidente e Oriente Médio começarem a se entender, antes que o mundo fique pequeno demais para os dois.

terça-feira, 6 de abril de 2010

Após denúncias de corrupção, Metrô de Salvador é alvo de CPI


O prefeito de Salvador, João Henrique (PMDB): prefeitura quer concluir a obra do metrô no final do ano. MPF aponta superfaturamento de R$100 milhões
Guilherme Lopes
Especial de Salvador (BA)

Com obras iniciadas há mais de uma década e que estão atrasadas em pelo menos seis anos, a construção do Metrô de Salvador será objeto de uma CPI na Assembleia Legislativa da Bahia a partir da próxima semana. Segundo o requerente, o deputado estadual Elmar Nascimento (PR), o objetivo é investigar "um dos maiores escândalos de desvio de recursos na Bahia". A mulher do prefeito João Henrique (PMDB), a deputada Maria Luiza Carneiro (PSC), é uma das que assinaram o requerimento.

O projeto do Metrô de Salvador data de 1999 e teve suas obras iniciadas no ano 2000, sob responsabilidade do consórcio Metrosal, formado pelas empresas Camargo Corrêa, Andrade Gutierrez e Siemens. No começo, a obra previa uma estrutura de 11,6 km que ligasse o centro da cidade aos bairros de Pau da Lima e Pirajá, dois dos mais populosos da capital, na zona norte.

Veja também:
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Contudo, inúmeras denúncias de superfaturamento e desvio de verbas feitas pelo Tribunal de Contas da União na última década, aliadas a cortes de repasses do Governo Federal e paralisação das obras, fizeram com que o projeto fosse cortado pela metade (agora serão 6km, a partir do centro) e empacasse.

Até o momento, a obra já consumiu cerca de R$ 1 bilhão dos cofres públicos para os 6km, bem mais que os cerca de R$400 milhões inicialmente previstos para todo o percurso. Um pedido de ação por improbidade administrativa contra o consórcio Metrosal feito pela Procuradoria Geral da República, em janeiro de este ano, calcula em no mínimo R$100 milhões o superfaturamento da obra.

Trem da Assembleia também retarda

Logo na estreia, um atraso: a lista dos nomes dos parlamentares da base governista que vão integrar a CPI deveria ter sido entregue na quinta (11) - o que não ocorreu. O presidente da casa, Marcelo Nilo (PDT), estendeu o prazo até segunda-feira, 15.

O motivo para o adiamento, segundo Nilo, foi que o líder da bancada governista na AL baiana, deputado Waldenor Pereira (PT), "precisou fazer uma viagem urgente" e não pôde entregar a lista. De acordo com a assessoria de comunicação do deputado Waldenor, ele "viajou para o interior no começo da tarde (de quinta), e desde então está incomunicável".

Nos bastidores, Nilo pretende um acordo com o PT e o PMDB, que decidiram não indicar ninguém. No mesmo dia em que foi aprovada a comissão, o líder do PT na casa, deputado Paulo Rangel, qualificou a CPI de "coisa sem nexo" e avisou que não indicaria nenhum deputado do partido para a comissão.

Segundo deputados da base aliada, a comissão deveria ser instalada na Câmara de Vereadores de Salvador ou no legislativo federal, em Brasília, pois a construção é gerenciada pela prefeitura com repasses do governo federal.

Pela proporcionalidade, de um total de 8, o PT tem direito a 4 deputados, enquanto a oposição fica com 2 e PMDB e PR com 1 cada. Caso não haja acordo entre Nilo, governistas e PMDB, caberá ao presidente da casa apontar quem participará pelo grupo aliado.

Segundo a prefeitura de Salvador, a previsão atual é que as obras sejam terminadas no fim de este ano, e o metrô passe a operar comercialmente no primeiro semestre de 2011.

Qual é a menor cidade do Brasil?

por Tiago Jokura


Em extensão, o menor município brasileiro é Santa Cruz de Minas (MG), com 3 quilômetros quadrados, e em população é Borá (SP), com apenas 804 habitantes. Para dar uma idéia do que isso significa, imagine, por exemplo, que, se houvesse uma maratona ao redor de Santa Cruz de Minas, os atletas teriam que dar seis voltas sobre o contorno da cidade para completar os 42 quilômetros regulamentares. Dentro do município de São Paulo caberiam praticamente 508 territórios do tamanho de Santa Cruz de Minas. Pelo critério populacional, a comparação é ainda mais impressionante: a população de Borá é quase 13 500 vezes menor do que a de São Paulo. E, para encher o Maracanã, teríamos que juntar os moradores dos 61 municípios menos povoados do país.

terça-feira, 30 de março de 2010

PAC 2 privilegia energia e grandes cidades


O programa foi lançado nesta segunda (29) pelo presidente Lula. Hidrelétricas e habitação são as áreas mais valorizadas pelo pacote
redação época com agência do Brasil
O presidente Lula lançou nesta segunda (29) o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) 2, no Centro de Convenções Brasil 21, em Brasília. No total, serão R$ 1,54 trilhão de investimentos, em obras de transporte, energia, saneamento, urbanização, saúde, creches, policiamento comunitário e educação – sendo RS 958,9 bilhões entre 2011 e 2014 e, após esse período, R$ 631,6 bilhões. A primeira edição do programa foi lançada em janeiro de 2007 e previa investimentos de R$ 503,9 bilhões até 2010, mas apenas 63,3% foram aplicados até o final de 2009.

Os recursos previstos para a segunda versão do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2) não se confundem com os valores do PAC 1, de acordo com o ministro da Fazenda, Guido Mantega. Já a ministra Dilma Rousseff, que é também pré-candidata do PT à Presidência, afirmou que o programa tem a vantagem de deixar projetos prioritários definidos para o próximo governo."O PAC 2 reforça o caráter não apenas de infraestutura física, mas de infraestrutura social", disse no lançamento.

Antônio Cruz

O governo pretende construir dez usinas hidrelétricas, de modelo plataforma, e mais 44 hidrelétricas convencionais com recursos do PAC 2 – um investimento que totalizará R$ 116 bilhões. As usinas plataforma se parecem com as estruturas para exploração de petróleo em alto-mar. Elas ficarão na Amazônia, em áreas isoladas. Assim, o Ministério de Meio Ambiente pretende aproveitar o potencial hídrico-energético da região, reduzindo os impactos ambientais.

A redução do déficit habitacional será o segundo eixo mais contemplado com recursos do PAC 2, atrás apenas do de energia. Dos investimentos na ordem de R$ 278 bilhões destinados ao setor (para a construção de 3 milhões de moradias), R$ 176 bilhões serão aplicados em financiamentos pelo Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) e R$ 71,7 bilhões serão aplicados no programa Minha Casa, Minha Vida. Mais R$ 30,5 bilhões serão destinados à urbanização de assentamentos precários.

Os investimentos previstos na área de água e no Programa Luz para Todos totalizam R$ 30,6 bilhões. A área de água inclui o abastecimento nas áreas urbanas, com a construção e ampliação de adutoras e estações de tratamento, e também a irrigação para a agricultura e revitalização de bacias. Entre 2011 e 2014, deverá fazer 495 mil ligações de energia elétrica.
O PAC 2 investirá cerca de R$ 80 bilhões em programas voltados para cidadania. A maior fatia será aplicada em saneamento básico – cerca de R$ 22 bilhões. Dentro dos investimentos previstos para as cidades estão ainda R$ 18 bilhões em mobilidade urbana, R$ 6 bilhões em pavimentação e R$ 11 bilhões em prevenção em áreas de risco. Há R$ 23 bilhões destinados à construção de 500 unidades de pronto-atendimento, 8.694 unidades básicas de saúde, 6 mil creches e pré escolas, 6.116 quadras esportivas nas escolas e 4 mil coberturas para quadras, além de 800 praças de lazer e atividade física como cinemas, bibliotecas, ginásios, etc. O PAC 2 prevê também investimentos na construção de 2.883 postos de polícia comunitária.

Dos R$ 109 bilhões a serem investidos a partir de 2011 no setor de transportes, quase a metade (R$ 50,4 bilhões) se destinam às rodovias. O programa prevê a realização de estudos de viabilidade para criar novos trechos para trens de alta velocidade. A meta do programa nessa área é consolidar e ampliar a rede logística e interligar os modais – rodovias, hidrovias e ferrovias. O programa pretende expandir, fazer manutenção e construir novas rodovias. As ferrovias ficaram em segundo lugar, com previsão de R$ 46 bilhões, também a partir de 2011. Também está prevista expansão de 4.696 quilômetros da malha ferroviária. Outros R$ 5,1 bilhões devem ser investidos em 48 empreendimentos portuários em 21 portos: 12 em dragagem de aprofundamento, 24 em infraestrutura portuária, cinco em logística, e sete em terminais de passageiros, visando a Copa de 2014.

quinta-feira, 4 de março de 2010

Adiada reunião sobre o canal do Rio Cascão no Imbuí


Representantes da Prefeitura de Salvador, do Instituto de Gestão da Água e Clima (Ingá), Casa Civil e Embasa tiveram reunião adiada para a próxima terça-feira, 9, às 17h30, para discutir a situação do canal do Rio Cascão (Rio das Pedras), no Imbuí.

O encontro foi remarcado, segundo a assessoria do Ingá, devido a uma solicitação da Casa Civil, por questões de agenda, e aconteceria nesta quinta, 4, às 14h, na sede do instituto, no Itaigara.

O laudo solicitado ao Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia da Bahia (Crea) foi entregue nesta quinta aos técnicos do Ingá para ser analisado. O resultado da análise deve ser apresentado ainda nesta sexta, 5.

O documento deve informar se a estrutura construída no canteiro central é permanente ou não. O Ingá liberou a obra com a garantia de que as placas sejam removíveis e permitam a entrada de luz no Rio Cascão, o que facilitará em seu trabalho de revitalização.

domingo, 28 de fevereiro de 2010

Prefeitura de Salvador garante infraestrutura urbana para Copa 2014

Ter, 17 de Fevereiro de 2009 11:45
O prefeito de Salvador (BA), João Henrique, garantiu que a Prefeitura fará tudo, mais que o possível, para Salvador brilhar durante a realização da Copa do Mundo de 2014. O pronunciamento ocorreu na última sexta-feira, no estádio de Pituaçu, quando foram apresentadas aos comitês da Fifa (Federação Internacional de Futebol) e da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) as condições de Salvador para ser uma das 12 subsedes do maior evento esportivo do mundo.

Durante a visita de inspeção, a comitiva da Fifa e da CBF observou a capacidade de tráfego do aeroporto, obtendo informações junto à Infraero, e sobrevoou a cidade com o objetivo de visualizar as possibilidades de mobilidade urbana e a estrutura do estádio, comparando com os projetos de requalificação apresentados pelos governos municipal e estadual. As comitivas também verificam o tempo previsto para a conclusão das obras.

Confiante, João Henrique diz não ter dúvidas de que no próximo dia 20 de março a Fifa vai anunciar Salvador como uma das subsedes da Copa de 2014 e confirmou a conclusão, em tempo hábil, de grandes projetos viários, entre eles o Transalvador, que integrará vários modais de transportes, ampliando a capacidade de mobilidade urbana da primeira capital do Brasil. "O projeto será iniciado ainda este ano, pelo corredor central da Avenida Paralela, fazendo a integração com o sistema de transporte metroviário que conduzirá a população até a Arena Olímpica, atual Fonte Nova", explicou.

O prefeito ressaltou também que, além da mobilidade urbana, a capital estará preparada para hospedar os atletas e os torcedores que assistirão aos jogos. "Praia do Flamengo e Stella Maris, por exemplo, ganharão nos próximos cinco anos novos empreendimentos da rede hoteleira, obedecendo aos critérios do PDDU (Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano do Salvador)".

João Henrique também destacou a instalação do Hotel Hilton, do grupo Imocom, no bairro do Comércio. Além disso, outras grandes redes hoteleiras de luxo, como a Tchai e a Fasano, também serão construídas no bairro.

Outro projeto da Prefeitura Municipal que contribui para que Salvador seja uma das subsedes da Copa de 2014 é o de requalificação da orla. O projeto, executado pela Fundação Mário Leal, vinculado à Sedham (Secretaria de Desenvolvimento Urbano, Habitação e Meio Ambiente), prevê a transformação do canteiro central em uma área de lazer, como realizado na Avenida Centenário, onde ficarão as barracas de praia e outros equipamentos necessários para garantir a diversão e o bem-estar dos cidadãos.

Outras iniciativas, como a construção de uma passarela fazendo a ligação entre o Centro Administrativo da Bahia e o estádio de Pituaçu, a duplicação da Avenida Pinto de Aguiar, as contínuas ações de infraestrutura urbana, além da beleza da cidade e a simpatia do soteropolitano, são aspectos que dão a Salvador uma posição favorável. "A Prefeitura e o governo do Estado estão de mãos dadas, lado a lado, para dar a Salvador as condições de encher os olhos do mundo, não apenas por sua beleza natural e arquitetônica e pela hospitalidade do seu povo, mas também pela capacidade de realização de grandes espetáculos", pontuou o prefeito.

Igualmente otimista, o governador Jaques Wagner ressaltou a importância da união entre Estado e Município para a realização de ações que deixem Salvador preparada para a Copa. "O governo do Estado e a Prefeitura estão em contato com o governo federal para preparar a cidade, seja na infraestrutura urbana, seja na reforma da Fonte Nova", destacou Wagner.

As perspectivas de Salvador para sediar a Copa de 2014 são grandes, tanto que o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, destaca que a cidade é uma concorrente fortíssima e que pode inclusive vir a sediar uma das eliminatórias para a Copa de 2010, que será realizada na África do Sul. "Salvador já está disputando com outras capitais para sediar um dos jogos das eliminatórias para a Copa de 2010".

Através de sua assessoria, a CBF pontua que é comum que as cidades concorrentes a sediar os jogos da Copa estejam executando obras de infraestrutura durante a visita. Somente o atraso no cronograma das obras é o que pode impedir a realização do evento no local.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Fórum Urbano Mundial 5 já inscreveu mais de 10 mil participantes

vento será de 22 a 26 de março nos armazéns da zona portuária do Rio de Janeiro

O Fórum Urbano Mundial 5 (FUM5) está com inscrições abertas até o dia 14 de março. Já se inscreveram, de forma gratuita, mais de 10 mil participantes. O evento será realizado no Rio de Janeiro, de 22 e 26 de março, para discutir problemas causados pelo crescimento das cidades e políticas públicas para tentar saná-los. São esperadas mais de 15 mil pessoas, de 160 países.

Clique aqui para inscrever-se.

Esta é a primeira sessão do fórum na América Latina, e terá como característica principal a participação popular nas propostas que serão discutidas. O evento foi criado em 2001 pela Assembléia Geral das Nações Unidas, que previu a realização a cada dois anos de sessões de um Fórum Urbano Mundial, sob responsabilidade da agência ONU-Habitat, das Nações Unidas. A sessão brasileira tem o apoio do Governo Federal e do Ministério das Cidades.

O tema central do FUM5 é "O Direito à Vida: Unindo o Urbano Dividido". As discussões são divididas em seis eixos: Levando Adiante o Direito à Cidade; Unindo o urbano Dividido; Acesso Igualitário à Moradia; Diversidade Cultural nas cidades; Governança e Participação; e urbanização sustentável e inclusiva.

O fórum reúne regularmente agentes governamentais, representantes da sociedade civil e do setor privado para debater o problema da rápida urbanização. Hoje, é o congresso mais importante sobre gestão do crescimento das cidades.


Serviço:
Fórum Urbano Mundial 5
Data: 22 a 26/03/2010
Local: Zona Portuária, armazéns 2 a 6 e anexos, Rio de Janeiro (RJ)
Entrada gratuita
Informações e Inscrições: wuf5.cidades.gov.br