terça-feira, 30 de março de 2010

PAC 2 privilegia energia e grandes cidades


O programa foi lançado nesta segunda (29) pelo presidente Lula. Hidrelétricas e habitação são as áreas mais valorizadas pelo pacote
redação época com agência do Brasil
O presidente Lula lançou nesta segunda (29) o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) 2, no Centro de Convenções Brasil 21, em Brasília. No total, serão R$ 1,54 trilhão de investimentos, em obras de transporte, energia, saneamento, urbanização, saúde, creches, policiamento comunitário e educação – sendo RS 958,9 bilhões entre 2011 e 2014 e, após esse período, R$ 631,6 bilhões. A primeira edição do programa foi lançada em janeiro de 2007 e previa investimentos de R$ 503,9 bilhões até 2010, mas apenas 63,3% foram aplicados até o final de 2009.

Os recursos previstos para a segunda versão do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2) não se confundem com os valores do PAC 1, de acordo com o ministro da Fazenda, Guido Mantega. Já a ministra Dilma Rousseff, que é também pré-candidata do PT à Presidência, afirmou que o programa tem a vantagem de deixar projetos prioritários definidos para o próximo governo."O PAC 2 reforça o caráter não apenas de infraestutura física, mas de infraestrutura social", disse no lançamento.

Antônio Cruz

O governo pretende construir dez usinas hidrelétricas, de modelo plataforma, e mais 44 hidrelétricas convencionais com recursos do PAC 2 – um investimento que totalizará R$ 116 bilhões. As usinas plataforma se parecem com as estruturas para exploração de petróleo em alto-mar. Elas ficarão na Amazônia, em áreas isoladas. Assim, o Ministério de Meio Ambiente pretende aproveitar o potencial hídrico-energético da região, reduzindo os impactos ambientais.

A redução do déficit habitacional será o segundo eixo mais contemplado com recursos do PAC 2, atrás apenas do de energia. Dos investimentos na ordem de R$ 278 bilhões destinados ao setor (para a construção de 3 milhões de moradias), R$ 176 bilhões serão aplicados em financiamentos pelo Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) e R$ 71,7 bilhões serão aplicados no programa Minha Casa, Minha Vida. Mais R$ 30,5 bilhões serão destinados à urbanização de assentamentos precários.

Os investimentos previstos na área de água e no Programa Luz para Todos totalizam R$ 30,6 bilhões. A área de água inclui o abastecimento nas áreas urbanas, com a construção e ampliação de adutoras e estações de tratamento, e também a irrigação para a agricultura e revitalização de bacias. Entre 2011 e 2014, deverá fazer 495 mil ligações de energia elétrica.
O PAC 2 investirá cerca de R$ 80 bilhões em programas voltados para cidadania. A maior fatia será aplicada em saneamento básico – cerca de R$ 22 bilhões. Dentro dos investimentos previstos para as cidades estão ainda R$ 18 bilhões em mobilidade urbana, R$ 6 bilhões em pavimentação e R$ 11 bilhões em prevenção em áreas de risco. Há R$ 23 bilhões destinados à construção de 500 unidades de pronto-atendimento, 8.694 unidades básicas de saúde, 6 mil creches e pré escolas, 6.116 quadras esportivas nas escolas e 4 mil coberturas para quadras, além de 800 praças de lazer e atividade física como cinemas, bibliotecas, ginásios, etc. O PAC 2 prevê também investimentos na construção de 2.883 postos de polícia comunitária.

Dos R$ 109 bilhões a serem investidos a partir de 2011 no setor de transportes, quase a metade (R$ 50,4 bilhões) se destinam às rodovias. O programa prevê a realização de estudos de viabilidade para criar novos trechos para trens de alta velocidade. A meta do programa nessa área é consolidar e ampliar a rede logística e interligar os modais – rodovias, hidrovias e ferrovias. O programa pretende expandir, fazer manutenção e construir novas rodovias. As ferrovias ficaram em segundo lugar, com previsão de R$ 46 bilhões, também a partir de 2011. Também está prevista expansão de 4.696 quilômetros da malha ferroviária. Outros R$ 5,1 bilhões devem ser investidos em 48 empreendimentos portuários em 21 portos: 12 em dragagem de aprofundamento, 24 em infraestrutura portuária, cinco em logística, e sete em terminais de passageiros, visando a Copa de 2014.

quinta-feira, 4 de março de 2010

Adiada reunião sobre o canal do Rio Cascão no Imbuí


Representantes da Prefeitura de Salvador, do Instituto de Gestão da Água e Clima (Ingá), Casa Civil e Embasa tiveram reunião adiada para a próxima terça-feira, 9, às 17h30, para discutir a situação do canal do Rio Cascão (Rio das Pedras), no Imbuí.

O encontro foi remarcado, segundo a assessoria do Ingá, devido a uma solicitação da Casa Civil, por questões de agenda, e aconteceria nesta quinta, 4, às 14h, na sede do instituto, no Itaigara.

O laudo solicitado ao Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia da Bahia (Crea) foi entregue nesta quinta aos técnicos do Ingá para ser analisado. O resultado da análise deve ser apresentado ainda nesta sexta, 5.

O documento deve informar se a estrutura construída no canteiro central é permanente ou não. O Ingá liberou a obra com a garantia de que as placas sejam removíveis e permitam a entrada de luz no Rio Cascão, o que facilitará em seu trabalho de revitalização.